Novalis é um dos mais destacados poetas da primeira geração romântica alemã, criador de um universo mágico e onírico («idealismo mágico») que alia a uma linguagem melancólica o culto da interioridade e de uma nostalgia mística da morte, nomeadamente nos Hinos à Noite (1797). O romance fragmentário Heinrich von Ofterdingen constitui um momento alto do «romance de formação» alemão, e pretende ser uma resposta ao grande modelo dessa forma, o Wilhelm Meister de Goethe. No ensaio A Cristandade ou a Europa (1799) defende uma visão unificada do Ocidente, de inspiração católica medieval, e nos Fragmentos, publicados em parte na revista Athenäum, propõe uma poética universalista em que convergem a poesia, a religião, a filosofia e a crítica num sincretismo característico da mundividência idealista da primeira escola romântica alemã.