Este livro - 29 edições e mais de 160.000 exemplares vendidos, em Itália - é a crónica de um diálogo muito especial, um diálogo entre duas dimensões: o nosso mundo e o Além; entre pai que chama o seu filho, morto em circunstâncias dramáticas, que lhe responde. O diálogo desenrola-se através de uma senhora que, não só se nega, categoricamente, a aceitar qualquer recompensa nem está disposta a dar a sua colaboração a outras pessoas, como evita qualquer notoriedade. A referida senhora pratica um raro tipo de escrita automática, graças ao qual se vai desenleando o fio que une o advogado Sardos ao seu filho.

Crítico e incrédulo no início, Lino Sardos vê-se obrigado a render-se à evidência: inexplicavelmente, Andrea é capaz de dar respostas absolutamente lógicas e consequentes. A forma como elas chegam é extrordinária: a referida senhora, que não é esquerdina, a bre a mão esquerda e coloca um rotulador contra a palma, o qual instantes depois, se cola literalmente à sua mão e começa a mover-se por conta própria. Ela segue o movimento distraídamente, vendo televisão, conversando... E a escrita desenvolve-se verticalmente, de cima para baixo. Para poder ler o texto, é necessário fazer girar a folha.

O conteúdo, decididamente superior à sua cultura e absolutamente em consonância com a de um jovem culto, como Andrea, subjuga como uma novela - apesar da situação dolorosa - cheia de fé e de esperança. É um livro que o fará meditar profundamente.